Fertilidade do solo dos canaviais
Em 15 dias já começam as estacas a brotar pelos nós e dentro de um ano chegam ao desenvolvimento completo da cana, que pode ser cortada logo, ou mais tarde com 18 a 20 meses. Ficando mais velha, a cana perde o suco ou fica azeda. É raro se deixe a cana por mais de ano. Costumam gabar as terras da Bahia, como superiores às das colônias das Índias Ocidentais, porque as canas amadurecem num ano (não passam de dois marços).
Trabalha-se nos engenhos com as canas de diferentes idades, conforme o tempo da plantação, o trabalho do engenho e o lugar.
Um canavial convenientemente plantado em condições favoráveis, como no massapé, podendo ser irrigado durante a seca e não ficando exposto a inundações prolongadas, dura muitos anos, desenvolvendo anualmente novas socas das cepas que ficaram. Neste caso só se replantam as covas falhas.
Em certos engenhos os agricultores costumam depois de alguns anos tirar novas estacas que não são, como se costuma fazer nas Antilhas, cortadas da ponta, sem suco e com folhas, porém, obtidas do meio da cana.
A espessura da camada de terra com que se cobrem as estacas depende do lugar e do tempo. Nos terrenos mais secos e, quando se aproxima o verão, são colocadas mais profundamente.
Na Bahia se planta de preferência a menor variedade de cana, a primeira introduzida, chamada cana da terra, cana crioula, porque foi importada das colônias portuguesas nas Índias Orientais e da Madeira.