Através da Bahia – excertos da obra Reise in Brasilien

de distância, somente nos primeiros dias da nossa estada, sofremos fome.

Atribui-se, talvez com razão, a visível preguiça e a rusticidade dos habitantes, à circunstância de serem eles em grande parte tapuiada, isto é, de procedência indígena.

Demais disto, os portugueses aí estabelecidos pertencem às classes baixas: são marinheiros, carregadores e lavradores aborrecidos do trabalho, que, se considerando iguais aos privilegiados, não podem elevar a moralidade, nem a indústria dessa população decaída.



Invasão dos selvagens

Outrora (por exemplo, nos anos de 1660, 1670 e 1730) a aldeia esteve exposta a frequentes invasões dos botucudos ou antigos aimorés, chamados guerens, nessas regiões.

Sua decadência data da expulsão da Companhia de Jesus, que se ocupou da catequese das tribos de índios dos arredores e encaminhou a colonização dos mesmos, nas vilas de Valença, Serinhaém, (propriamente Santarém), Barcelos e Olivença.



Influência educadora dos jesuítas

Os índios da costa sul da Bahia, que se submeteram à influência educadora dos jesuítas, pertenciam à tribo dos tupiniquins. Ocupavara a costa entre o Rio de Mateus (outrora Cricaré) e o Rio de Contas. Perseguidos pelos inimigos, aimorés e tupinambás, tornaram- se verdadeiros amigos dos portugueses.