antanho. Reputo o seu trabalho simplesmente monumental.
CARLOS CHIACCHIO
(O Estado de S. Paulo, de 12 de dezembro de 1916).
Correio da Manhã — Entrevistou o Sr. José Bonifácio acerca do projeto sobre a comemoração do centenário da independência.
Disse o deputado mineiro:
"Os poderes federais têm o dever de providenciar a tal respeito, e certamente nenhum governo, nenhuma situação política tomará a responsabilidade da indiferença diante da grande data que marca a passagem do centenário da fundação do Brasil como nação livre.
Se tais festejos têm de se efetuar no quadriênio próximo, sob a direção e as vistas de outro governo, nem por isso devem os diretores políticos da atual situação desinteressar-se deste assunto, de que todo o povo cuidará expandindo-se em manifestações pelo notável fato".
Depois de aludir a alguns artigos do seu projeto, o Sr. José Bonifácio refere-se às obras estrangeiras cuja tradução, em resumo, o governo vai mandar organizar:
"Como você sabe, há livros de grande valor a respeito do nosso país e das suas riquezas, escritos por Burmeister, o Príncipe Maximiliano, Johann Pohl e von Martius, que são pouco conhecidos e lidos. Entendi ser conveniente determinar a sua tradução, em resumo, fazendo-se uma publicação oficial — A natureza do Brasil — para ser vendida pelo preço do custo.
Vi, ultimamente, nesse gênero, um trabalho de distinto lente da Faculdade de Medicina da Bahia, o Dr. Manuel