Lynn T. Smith menciona os serviços que nos Estados Unidos, em especial no sul daquele país, se prestam as pessoas na construção de casas, galpões, nas colheitas e outros serviços rurais. No Mississipi, era muito frequente, depois que o pioneiro cortava a madeira necessária para ereção de sua cabana, surgirem da espessura da floresta numerosos companheiros "chamados por um telégrafo misterioso", que o ajudavam a levantar a morada. "A recente comercialização da agricultura" - observa Smith - "não eliminou por completo dos padrões da cultura rural muitas dessas práticas de auxílio e assistência mútua. Mesmo atualmente, o agricultor pode esperar uma ajuda considerável de seus vizinhos por motivo de doença, morte, incêndio de sua propriedade e catástrofes semelhantes. Mas a invasão dos costumes urbanos e a desintegração da sociedade cumulativa vão dificultando a manutenção dessas formas espontâneas de cooperação." Todavia, conforme o mesmo autor, essa tradição solidarista do homem rural norte-americano é capitalizada em favor da propagação de cooperativas, regidas por formas contratuais, desde que seja demonstrada sua praticabilidade(11) Nota do Autor.
Observa Wilson Gee(12) Nota do Autor, de sua parte, que o instituto da vizinhança foi, no período primitivo da colonização, o principal elemento na elaboração dos padrões de organização social dos Estados Unidos e que, apesar de não ser tão importante como outrora, constitui ainda poderoso fator na vida rural.
Na república antilhana do Haiti, onde a tradição comunitária africana, modificada nos seus aspectos primitivos, se afirma ainda hoje na prática dos combites,