palco para as representações teatrais e exibição de cantores, na cancha do boião. "As sociedades refletiam a vida da comunidade e era por seu intermédio que os colonos se arregimentavam para propugnar uma ideia ou construir uma obra pública. Nessas ocasiões, não havia distinção entre sócios ou não. Todos uniam seus esforços no sentido de amparar as sociedades em suas festas beneficentes ou nos dias aziagos, para socorrer na desgraça os membros necessitados da comunidade."

A igreja, a escola e o cemitério resultaram da cooperação geral. Na construção da casa, o colono sempre encontra ajuda dos vizinhos. "O pretendente inicia o seu plano preparando o madeiramento e comprando parte do material. Naturalmente, já era dono do terreno. Quando está em condições de construir, geralmente após o culto religioso do domingo, discute com os seus vizinhos a maneira como pretende construir a casa. Todo mundo oferece sugestões, baseados na experiência. O mais prático é quem escolhe a localização, tendo em vista o problema da água e da luz. No período de construção propriamente dito, os vizinhos ajudam na certeza de quando chegar a sua vez também serem ajudados. Na festa da cumeeira, oferecem-se bebidas aos que cooperaram. Geralmente, no primeiro sábado após a mudança, realizasse um baile na casa nova para o qual são convidados os colaboradores e amigos."

A cooperação vicinal é usada ainda pelos colonos nas colheitas, nas enfermidades e em várias outras situações que exigem associação de esforços.

Dante de Laytano, no seu trabalho já referido,(6) Nota do Autor informa que o pixuru é usado na região colonial italiana nas vindimas e trabalhos de estradas. Em Alfredo Chaves e Lajeadinho, eram muito frequentes, até poucos