anos, os trabalhos coletivos nas lavouras, duas ou três vezes ao ano. Quanto ao elemento germânico do Rio Grande do Sul, o mesmo autor informa que, à medida que a sua adaptação se foi completando, passou também a adotá-los.
Hiroshi Saito que visitou em 1954 alguns núcleos coloniais no Brasil, estudando os aspectos relacionados à fixação e ao comportamento dos nipônicos aqui chegados depois da última guerra mundial, forneceu-nos pormenores sobre práticas cooperativistas no Núcleo Colonial de Dourados, ao sul de Mato Grosso, referidos, aliás, num relatório em que expõe os resultados de suas pesquisas.
A localização dos japoneses nas terras que lhes foram designadas, dentro do Núcleo, atendeu ao critério de sortear-se determinado número de lotes entre famílias que apresentavam afinidades entre si, já em virtude da origem regional, já pelos laços afetivos existentes. Assim, por exemplo, sortearam-se três ou oito lotes contíguos entre três ou oito famílias que manifestaram desejo de ficar próximas, o mesmo se fazendo em relação a outras famílias. Logo após o sorteio dos lotes, estabeleceu-se a divisão dos colonos em turmas (han) ou grupos de vizinhança, procedimentos que, como outros adotados para conduzir os assuntos da comunidade, correspondem a formas institucionalizadas na sociedade rural japonesa.
Os cinquenta e oito lotes pertencentes aos japoneses distribuem-se numa extensão, de dez quilômetros; no intervalo entre o primeiro e o último, localizam-se vinte e oito lotes de colonos nacionais, dois de nipônicos já radicados e um lote comum (lote de comunidade).
Em cada grupo de vizinhança, são comuns reuniões de colonos para ajudar um vizinho na construção da morada, durante um ou dois dias, até a sua cobertura, para conserto de uma estrada, etc. A essas práticas os