Mutirão: forma de ajuda mútua no meio rural

a essas reuniões. Quanto à participação de brasileiros nos trabalhos comuns, é variável segundo a natureza dos serviços a realizar.

Na cúpula do sistema, está a "Cooperativa", com finalidades econômicas, culturais e recreativas(8) Nota do Autor.

De acordo ainda com Hiroshi Saito, essas práticas cooperativistas constituem um prolongamento no Brasil de velhos costumes nipônicos. Algumas comunidades rurais japonesas cujas origens se perdem no tempo ainda se regem pelo yuimohay, modalidade de trabalho coletivo usada para construção de estradas e outras obras e na qual há rigorosas sanções para os infratores, inclusive expulsão da comunidade. Com a mesma finalidade, o trabalho coletivo é também usado entre algumas seitas religiosas do Japão, como a denominada Tenri-Kio.

No Núcleo Colonial de Una, Estado da Bahia, onde existem algumas famílias japonesas, não se observam sistemas de cooperação, já pelo seu número reduzido, já pelo critério administrativo de distribuí-las, em grande parte, entre vizinhos brasileiros.

Referindo-se, noutro estudo(9)Nota do Autor, à ocorrência do mutirão entre os japoneses de Cotia, São Paulo, Saito observa que essa forma de cooperação vicinal, hoje decadente, era comum entre os moradores ao tempo do seu estabelecimento no bairro de Moinho Velho.

"A participação de japoneses nos mutirões locais" - escreve - "parece que teve início depois de sua instalação. O mutirão tradicional realizava-se por ocasião da limpeza de roças de milho e feijão. Os japoneses adotaram o padrão do mutirão, principalmente para os

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