Egito (Heródoto, Euterpe, XLVII) mas conserva zona de conforto nas populações insulares da Polinésia, Melanésia, América, África e Ásia para não brâmanes e não maometanos. A família ovelhum conquistou áreas desmarcadas. Sabor favorito para todo Oriente, África, América, grande parte da Europa.
O africano adora o porco assado como refeição tanto quanto o romano que o indicava para fortalecer os atletas. Ulisses comeu porco no palácio de Alcínoo (Odisseia, VIII, 474-476). Com os bois havia defesa de abatê-los quando fossem do trabalho rural. Ainda no tempo do Imperador Calígula a proibição era formal e Columela recorda a tradição: - Fué tanta la veneración que los antiguos sintieron por él, que el hecho de quitar la vida a un buey era considerado como un crimen tan grave Como quitársela a un ciudadano. (VI, 1) O profeta Isaías afirmava quase o mesmo: - Quem mata um boi é como o que fere um homem (LXVI, 3).
Mesmo a carne do gado não era muito desejada em Roma e menos na Grécia. Dizia Hércules agradecer sua robustez à carne dos bois. Mas não era essa predileção uma regra coletiva. O atleta Milon de Crotona, seis vezes vencedor olímpico (não conquistou o sétimo troféu por ausência de adversários), carregou nos ombros um touro de quatro anos por um estádio (41,25m), matou-o de um soco e comeu-o todo num só dia. Não constituía padrão alimentar mesmo para os atletas gregos. Como ocorre na África e na índia, China e Ásia Menor, o boi é animal de trabalho. O zebu, de carne de borracha, é um trabalhador heroico, fornecedor de raro leite aos hindus que jamais lhe provaram a rija massa muscular, digna do gigante Golias. A resignação brasileira aceitou o zebu como animal de açougue. A carne pior do mundo é a mais compensadora a quem a cria no zebu resistente, rústico e dadivoso.
Com o cruzamento genético foi possível melhorar-se a fécula de raízes e grão e apareceram as sopas, papas, mingaus, pastosos, semilíquidos, de milho miúdo, arroz, milho, sorgo (Andropogon sorghum Brot.), fazendo com que o sábio professor de Lwow, Adam Maurizio, dividisse os grupos humanos em "povos da papa ou do caldo (bouillies) e povos do pão." Até fins da Idade Média e Renascença, as papas e tortas de cereais eram as formas quase exclusivas da culinária na Europa, entre as classes do campo, como ainda são as sopas, caldos, açordas. Durante o primeiro período do Ferro, no hallstático, numa mina de sal em Grünerwerk, Áustria, os mineiros alimentavam-se