dos mais acerbos desgostos, os últimos anos de meu pai.
Em todo o caso, uma vez por todas, peço-lhe escusa pela minha falta de assiduidade em escrever-lhe. A minha vida é de um labor e agonias muito acima das minhas forças, não morais, mas físicas. O meu emprego na Misericordia, a advocacia, para mim aqui trabalhosíssima, bem que quase estéril, e a imprensa política, de que me é impossível separar-me, visto como sou um dos redatores do Diario da Bahia, constituem três sérios deveres cada um dos quais seria suficiente para ocupar um homem são, e que, entretanto, vejo-me forçado a reunir em mim só. Demais, a inopinada morte de meu Pai deixou-me pai de família, e sobrecarregado com uma dívida superior a doze contos de réis, quase toda em letras bancárias, além de outras obrigações pecuniárias muito graves. Tenho letras em todos os meses do ano, duas em cada um dentre oito e três nos restantes. Os meus vencimentos na Santa Casa (Rr. 3:000$000) não me chegam nem para amortização desses débitos, quanto mais para o mais, que excede a outro tanto daquela quantia. A advocacia desta província, mendiga, e dia a dia decai desanimadoramente como tudo nesta desgraçada Bahia. Vejo-me, portanto continuamente nos maiores apuros; e se deles me tenho saído, sabe Deus à custa de quanta seiva