Mocidade e Exílio (cartas inéditas)

votos de afeiçoados meus. Esta ponderação, que o Primo desculpar-me-á, será talvez de quem ainda se não curou de uma ferida naturalmente dificultosa de fechar; mas, em todo o caso, é o que, no estado atual dos meus sentimentos e do meu espírito, atua com demasiada força em minha alma para que eu tivesse a falta de franqueza de escondê-lo.

Quanto ao casamento de Brittes, foi a doença de que já lhe falei e a excursão, consequência dela, que me fizeram não lho ter já comunicado, segundo era meu dever, e espontaneamente havia já de cumprir. Anui à aliança de minha Irmã, porque não tinha motivos de contrariá-la. Tudo, quanto, pelos meios possíveis, pude colher acerca do noivo, já da sua pessoa, já da sua vida quer de portas a dentro, quer de portas afora, induz-me a crê-lo capaz de merecer a mão de Brittes, e a prever nele um bom pai de família. Pelo que toca a meios de subsistência, tem-nos até hoje quantos bastem para viver independente. É negociante, em começo ainda, é verdade, mas que permitindo Deus, pode vir a ser muito feliz. É até onde humanamente me era lícito a mim calcular. Quanto ao mais, está nas mãos de Deus, que é de quem todos afinal dependemos.

O ato espero que efetuar-se-á em 22 do mês vindouro; e, como Brittes cuido que não se aparta de minha tia, sua companheira, irmã, e