acepção convêm bastante; mas não são de maneira alguma aceitáveis e não fazem parte da ciência linguística".(3)Nota do Autor
Não é outra a lição de GIACOMO DE GREGORIO, no seu Manual da Ciência da Linguagem:
"A PALAVRA LÍNGUA, NA SUA ESSÊNCIA, NÃO EXPRIME NADA QUE DIVIRJA DA EXPRESSÃO DE DIALETO, pois é o complexo de sinais orais, de que um povo se serve, para representar os seus pensamentos.
E assim, para quem considera a língua pelo lado natural, o vocábulo dialeto seria mais próprio. A história efetivamente dá-nos a certeza absoluta de que as chamadas línguas não eram primitivamente senão formas de linguagem, usadas apenas numa pequena região. Por outro lado, os glotólogos têm observado que, nos idiomas privados de literatura, dos povos incultos, se conservam vocábulos antiquíssimos, e que as transformações principais são determinadas mais por influência do povo que por influência dos doutos.
"A língua das nações não é, em sua origem, senão um dialeto falado numa restrita região. As condições sociais e o favor dispensado a tal dialeto pelas classes mais elevadas e pela literatura alargaram-lhe o uso e dele fizeram uma língua.
O italiano, por exemplo, era o dialeto da Toscana, o espanhol, o dialeto de Castela, o francês, o dialeto da Ilha de França, o árabe, o dialeto coreicítico, o grego, o dialeto ático. Todos os mais dialetos daquelas nações ou daqueles povos poderiam igualmente ter-se convertido em LÍNGUAS NACIONAIS.(*)Nota do Autor
E, assim, a diferença única entre língua e dialeto está em que a primeira indica um dialeto escolhido convenientemente pelos letrados como meio mais geral de expressão, ou