região privilegiadíssima. Inúmeros sábios, sós ou em comissão, o foram conhecer e auscultar-lhe os segredos. Robert Burtun escreveu sobre a região páginas imorredoiras.

De suas maravilhas, a cachoeira de Paulo Afonso, a maior de todas, mereceu do Conde de Afonso Celso, do Barão Homem de Mello e do eminente mestre Theodoro Sampaio entusiásticas descrições que prazeirosamente transcrevemos com a devida vênia.

Diz o primeiro:

"Os americanos-do-norte têm imenso orgulho da sua catarata do Niágara, que Chateaubriand qualificou — uma coluna d'água do dilúvio.

O Brasil possui maravilha igual, senão superior — a cachoeira de Paulo Afonso.

Encontra-se nesta tudo quanto naquela encanta, apavora e maravilha.

É a mesma enorme massa líquida, a rolar de vertiginosa altura, em fervilhante precipício; o mesmo estrondo, repercutindo em prodigiosa distância; a mesma trepidação dos arredores, como que a prenunciar um terremoto; o mesmo abismo continuamente trovejante, regurgitando de espumas e do qual se elevam nuvens de alvos vapores, cortados de arco-íris permanentes; a mesma imagem turbilhonante