Bandeiras e sertanistas baianos

misturando-se e esmagando-se nesta, por assim dizer. Desde então não se reconhece mais água em massa apreciável: é tudo escuma, vapor, nevoeiro, e num salto imenso, o caos revolto das águas despedaçadas precipita-se no abismo. Esta cachoeira, em tão estreito canal, torna-se notável pela impetuosa violência de sua corrente. Desta circunstância resulta que a cachoeira de Paulo Afonso, rivalizando com a do Niágara em altura e volume, apresenta um aspecto tão diferente desta, em que a água se despenha, derramando-se uniformemente em uma certa superfície. Vista de longe, a cachoeira do Niágara avantaja-se em majestade; mas, observada de perto, a cachoeira de Paulo Afonso excede-a. O volume das águas do Niágara é talvez maior; porém na variedade do aspecto, na singularidade dos contrastes, nenhuma cachoeira poderá comparar-se à de Paulo Afonso".

Diga, por último, Theodoro Sampaio, o mestre delicadíssimo:

"A cachoeira de Paulo Afonso, o famoso sumidouro dos antigos cronistas e viajantes, é, de fato, um dos espetáculos mais estupendos que se pode imaginar.

Não tento descrevê-lo, direi apenas o quanto baste para explicar, embora palidamente,