Bandeiras e sertanistas baianos

"Em julho de 1682 é provido no posto de capitão de infantaria da Ordenança da Capitania do Rio Grande, no distrito da Ribeira do Açu e Três Irmãos, Manoel Figueira de Carvalho, por ter sido o primeiro que, morando no Rio de São Francisco, duzentas léguas da dita capitania do Rio Grande, se passou com muitos gados a povoar as terras daquele distrito; e, no mesmo ano, recebe igual patente Manoel Nogueira Ferreira, por ter descoberto e povoado de muitos moradores e currais de gado os sertões das capitanias do Ceará, Rio Grande e Paraíba".

Desde 1651 que Domingos Ribeiro Franco se havia estabelecido em Sento Sé com os seus currais de gado e fizera amizade com os índios, do que se aproveitou o governo para saber do número de aldeias espalhadas pelo alto São Francisco e conhecer a distância do Salitre à Cachoeira, a fim de abrir-se mais conveniente estrada.

A colonização se expande por uma grande superfície do São Francisco e é devida ao esforço baiano, apesar dos tropeços que lhe opõem os naturais. Não só na zona marginal do rio, mas para os lados de suas cabeceiras, o movimento se acentua com intensidade no século XVIII, a começar no trabalho bem orientado de Mathias Cardoso e na ação intensa e proveitosa dos Figueiras.

As novas investidas dos selvagens, que, por se embrenharem, escaparam à chacina dos bandeirantes, na guerra anterior, obrigaram a outras providências