Bandeiras e sertanistas baianos

a porta da notoriedade ou da história: bem triste notoriedade; bem desgraçada história.

Militão Plácido da França Antunes, em 1843 e seguintes, levanta-se contra a família dos Guerreiros, de Pilão Arcado, e travam uma verdadeira guerra de extermínio, em que uns e outros vão se trucidando inclementes, sem que a força legal, apesar de elevar-se a mais de 500 ou 600 praças, seja capaz de os conter dentro da ordem. É que, ao lado dos "militões", o juiz, Bacharel Emílio Alves, não se pejava, de clavinote ao ombro e cartucheira à cinta, ostentar a sua parcialidade.

Temos, para ilustrar esta luta ignóbil o seguinte fato, que nos foi relatado pelo Tenente-Coronel Manoel do Bonfim e Sousa (pai do autor desta Memória) e por ele presenciado. O Tenente-Coronel Manoel Joaquim Pereira de Castro, capitão-mor de Vila Velha, residente na fazenda Alecrins de Caraíbas, perto quatro léguas de Santo Antonio de Paramirim, Arraial do Ribeiro, era casado com D. Maria Joanna da Rocha Guerreiro e Castro, portanto da família inimiga de Militão. Ora, tendo ido às Lavras a negócios seus particulares, o Coronel Manoel Joaquim de Castro aconteceu encontrar-se, em Lençóis, com aquele feroz inimigo que o pretendeu assassinar; no que foi obstado por intervenção estranha de particulares, amigos do Coronel. Mas, o ferrenho e despótico chefe da facção adversa aos Guerreiros, jurou mandar