As relações entre a Áustria e o Brasil; 1815-1889

do folheto, espalhou-se o boato de que tinha sido escrito pelo enviado da Áustria, ou mesmo pelo próprio Metternich(37) Nota do Autor. Os rumores de revolução finalmente convenceram o rei de que devia enviar o Príncipe Real a Portugal, mas sem a companhia de D. Leopoldina, que deveria permanecer no Rio, como uma segurança contra qualquer ação precipitada de D. Pedro. D. Leopoldina opôs-se tenazmente a essa decisão, mas no correr de uma viva discussão com Stürmer, o enviado respondeu aos argumentos sentimentais da princesa com razões de Estado(38) Nota do Autor. A sete de fevereiro as cortes de St. James e de Viena receberam comunicação oficial da partida de D. Pedro(39) Nota do Autor. Mas o navio partiu a oito de fevereiro sem o príncipe. Agora era D. Pedro que, a conselho do conde dos Arcos, recusava-se a partir sem a mulher. Dom João VI gostou de ver a matéria novamente adiada e ordenou que a partida fosse dilatada até depois do nascimento do neto. O fato de enganar as cortes europeias não perturbou D. João VI que punha suas esperanças no Congresso de Troppau: "Escrevem-me positivamente que o Congresso de Troppau se ocupará de meus negócios. Os ingleses só sonham com uma constituição"(40) Nota do Autor.

Mas Stürmer informou a D. João que essas esperanças eram vãs. Quaisquer que fossem as decisões de Troppau, chegariam tarde. "Tout est perdu, sire, si vous n'y portez remède sur-le-champ"(41) Nota do Autor

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