As forças armadas e o destino histórico nacional

PREFÁCIO

Oficial do Exército reformado compulsoriamente há cerca de dez anos por uma lei que julga o vigor

e a capacidade dos homens pela certidão de batismo e não pelo estado geral das artérias e dos orgãos respectivos tornei-me parasita obrigado dos cofres públicos.

Isso me permitiu um estudo mais profundo dos acontecimentos históricos, a meditação dos quais me firmou no espírito a convicção de que ao Brasil fora reservado um honroso destino histórico não só entre os povos americanos como entre todos os do orbe terrestre.

Dessa convicção nasceu a ideia deste livro despretensioso cujo destino único é o de pôr em equação problemas que se me afiguram de real magnitude para o meu país, a resolução dos quais está desafiando o raciocínio e a meditação dos competentes.

O valor do livro pode ser nulo. Não encontrei entretanto na minha velhice meio mais sedutor e mais digno de servir à pátria do que esse.

A sua feitura começada em 1932 deveria terminar em 1933. A morte de um ente querido, seguida do infortúnio de um outro, foram acontecimentos íntimos e dolorosos que me prostraram moralmente cerca de quatro anos. Enfermo desde os primeiros meses de 1936 e me julgando às portas da morte, revesti-me de energias novas para concluí-lo.

Ele aí está. Que o julguem severamente os competentes, os que para isso tem credenciais.

O autor.