lhe estão reservados no concerto mundial; provê em consequência o país de tudo que precisa para o desdobramento da sua atividade construtora e civilizadora.
Daí a iniludível necessidade do aparelhamento de todas as forças vivas da nação para essa obra de patriotismo, de nobreza cívica e moral, de civilização enfim.
E entre essas forças tem notável importância nos tempos atuais as militares, como garantia da ordem interna, da inviolabilidade das fronteiras e costas marítimas, do progresso, da respeitabilidade e prestígio da nacionalidade.
Assistimos atônitos de meiados de 1914 a fins de 1918 à maior tragédia da História, na qual sucumbiram milhões de homens, da qual sairam mutilados dezenas ou centenas de milhares, durante a qual o apregoado alto grau de civilização evidenciou a barbárie em que mergulhamos transformados em canibais, mais ferozes do que as próprias feras.
A catástrofe foi desencadeada pela nefasta política de ódios, vinganças, egoismos, orgulhos e todo cortejo enfim dos interesses mesquinhos da mais desbragada ambição de domínio, como se a Terra já fosse pequena para conter e fazer viver em paz a atual população do globo.
Assistimos atônitos ainda hoje à guerra da paz, verdadeira comédia, na qual os dirigentes das nações combatentes, pseudoestadistas em geral, vivem em entendimentos que são desentendimentos, em acordos que são desacordos, em congressos que nada resolvem de profícuo, em ligas platônicas sem prestígio, sem força moral.
Guerra moralmente mais hedionda do que aquela tragédia porque as nações em permanente luta aberta desconfiam umas das outras, invejam-se, temem-se.