A instrução e o Império - 2º vol.

a nossa inferioridade, e advogar a causa dos que nos emendarem. Ora, é precisamente o que não logrou em nosso espírito o projeto Franklin Doria. Entre este projeto e o da reforma não nos parece possível hesitar. Consiste o seu primeiro defeito, que temos por fundamental, em apoucar a esfera do museu, reduzindo-a ao ensino primário, entretanto nenhuma razão existe para excluir o ensino secundário e o ensino superior, que o nosso projeto de reforma contemplou, como estritamente devia, estendendo-o "ao ensino em todos os graus, desde o jardim de crianças até aos estabelecimentos de ensino superior, e em todas as ordens, abrangendo os estudos especiais e técnicos."... Mas, se efetivamente é, não de um estabelecimento municipal, destinado a servir as escolas da localidade, que cogita o autor do projeto, mas de um museu pedagógico, digno do qualificativo, com que o distinguiu, de "nacional", e dedicado à missão de fazer conhecer a história, a estatística e o estado atual do ensino primário em todos os seus graus, tanto em relação ao Brasil, como nos países estrangeiros, que fundamento racional havia para privar das vantagens de uma instituição desse alcance e ensino secundário e o ensino superior? ... Quem não sabe, primeiramente, que admitida a lei capital da integralidade da instrução desde a escola, alvo para que todos os métodos e programas da nossa época tendem como para um ideal necessário e absolutamente realizável, o ensino primário, o ensino secundário e o ensino superior representam três círculos concêntricos, sem nenhuma diferença mais que a extensão do raio?... Não será certo que a escola primária,