faz são trabalhos puramente de investigação científica. Mas esses trabalhos, ainda passado o curso para o Museu, nenhum professor poderá fazer. A missão do investigador é uma, a do professor outra. O investigador analisa, verifica e descobre; o professor vulgariza e propaga... Nenhum país tem cursos feitos em museus. A Escola Politécnica está organizada de modo que forma um curso geral e seis cursos especiais, distintos, mas servidos pelos mesmos lentes. Tirado o curso de ciências naturais para o Museu, não só desmembra-se aquele belo organismo, que não tem superior na Europa, mas ainda que o Museu passe para o ministério do Império, já não poderão servir os mesmos lentes, isto é, terá o Estado de gastar com outros, visto que lhes será impossível exercer as suas funções em estabelecimentos diversos.
...Para a Corte propõe a comissão um Instituto Agronômico que é outro impossível. A Corte não tem local para os estudos práticos. Uma das razões porque tão condenadas são hoje as universidades é que elas, além de associarem ciências que não podem ser associadas, além de exigirem no pessoal docente conhecimentos que pelo progresso das ciências estão, e não podem deixar de estar, destacados em especialidades distintas, cada uma das quais bastante para ocupar a atenção e mesmo a vida de homens privilegiados, plantam no mesmo lugar, prendem no mesmo feixe, estudos que reclamam teatro e meios de investigação e ação inteiramente diversos. O projeto da comissão incorre duas vezes nesse defeito, quando reúne sete cursos inconciliáveis no Liceu Pedro II e quando cria um instituto agronômico