para uma parte da classe médica a ideia de inferioridade e superioridade, que vai criar a distinção de dentistas e parteiras de 1ª e 2ª classe. Qual a razão porque não devem ser iguais os estudos desses profissionais? A importância dos serviços prestados à sociedade é a mesma; e o Estado não se interessa mais pelo bem-estar dos indivíduos que moram nas grandes cidades, do que pelo bem-estar dos que moram nas pequenas.
O curso de engenharia da Escola Politécnica quer a comissão que seja transferido para o ministério da agricultura. Parece a comissão com esta transferência querer que o governo ocupe em trabalhos de campo os alunos do curso de engenharia; mas para isso fora preciso uma coisa que não autoriza a comissão: que o governo gaste com os alunos ocupados nesses trabalhos, porque de outro modo não haverá quem queira tal formatura. Não há razão para tal transferência. Nem só o curso está bem colocado no ministério do Império, mas o ministério de agricultura não poderia melhorá-lo.
...No Museu nacional quer a comissão, sem nenhum estudo de matemáticas, um curso de ciências naturais, que não sei se é o mesmo da Escola Politécnica para ali transferido ou outro independente. Se é novo curso, não há necessidade dessa criação; novo ou não, no Museu a ideia é inexequível. Levou a comissão a propor essa medida a conveniência de ser o estudo das ciências naturais ser feito ao mesmo tempo teórico e prático. Quem diz que não é assim na Escola Politécnica? Há ali coleções dos reinos da natureza, laboratórios e gabinetes para estudos práticos; o que ali não se