A instrução e o Império - 2º vol.

as escolas públicas em prédios próprios, construídos para esse fim especial. Assim sugeriu ao governo "a contrair um empréstimo igual à soma, cujo juro legal fosse equivalente à quantia que houvesse de despender com os aluguéis de prédios particulares em que funcionem as escolas públicas e com essa soma construir os edifícios apropriados, guardando, quanto fosse possível, aquela proporção de valor na construção de cada um deles."

O ensino secundário, que mais concorre para o desenvolvimento da inteligência e de cuja solidez depende o progresso dos estudos superiores, está em lamentável decadência. À exceção do Imperial Colégio Pedro II, e de um ou outro liceu provincial, o ensino deste importante ramo de instrução faz-se, não no sentido de preparar e ilustrar o espírito da mocidade, mas somente com o fim material de vencer os exames exigidos como preparatórios para a matrícula dos cursos superiores, e chegar o mais depressa possível a essa almejada matrícula. A sofreguidão dos alunos em obter as aprovações, tal ou qual indiferença dos pais, pouco escrúpulo dos professores e diretores de colégios, e a condescendência dos examinadores dão causa a extraordinários abusos, e salvas as exceções, que felizmente há, os estabelecimentos particulares de ensino secundário são casas comerciais, que, descurando o progresso e

o adiantamento dos discípulos, buscam somente auferir mais largos interesses, anunciando grandes listas de aprovações, como chamariz de maior frequência. Apenas se organiza o programa de pontos para exames, publicam-se folhetos, em que