o espírito público, manifestando-se o desejo de vê-la realizada. O meu antecessor (ministro Barão Homem de Mello) considerou devidamente este assunto, e durante a sua administração formulou-se um plano para a criação de uma universidade. Sendo-me presente este trabalho ao assumir a gerência dos negócios do ministério do Império providenciei sem demora para que sobre ele se ouvissem diferentes instituições de ensino e estabelecimentos e associações científicas, a fim de que, aproveitadas a experiência e as luzes de tais corporações, possa o governo, de acordo com o pensamento que deve presidir aquela criação, submeter à Assembleia Geral Legislativa o projeto que, por ela corrigido, se converta em lei consequente aos elevados interesses de nossa pátria.

A ideia da universidade não sé reduz em sua realização objetiva a concentração em certa e determinado local de três, quatro ou cinco estabelecimentos de instrução superior. Deve ser a tradução da síntese do saber, ligadas entre si as partes de cada uma das instituições de que ela se há de compor., e relacionadas estas umas com as outras, de modo que constituído um todo harmônico, animado do mesmo espírito, e tendendo ao mesmo fim; deve ser um foco luminoso, cuja irradiação se propague por todo o Império; deve ser um centro pedagógico, e o motor da inspeção que promoverá e realizará, como convém, à uniformidade, sem importar a compressão, é a um tempo garantia da ordem, condição da unidade moral da nacionalidade e expressão de grandeza. E não se pode contestar o direito de assentar a universidade em tais bases, ainda em suas relações com os