A instrução e o Império - 2º vol.

etabelecinientos de ensino livre... Assim a universidade é uma das formas do poder público, é o Estado educando, promovendo a educação, inspecionando-a, a bem da prosperidade e grandeza do Império, do mesmo modo que os tribunais em que se organiza o direito, e o exercício em que se constitui a força pública, são outras tantas formas, outras tantas manifestações do governo, tomada esta palavra em seu sentido mais extenso, do governo que não exclui a liberdade, nem quando se trata da justiça, nem quando se trata do exército, nem quando se trata da instrução pública. Como consequência lógica do que acabo de expor deriva, não a exclusão das faculdades e universidades livres ou melhor, particulares, mas a determinação de condições para seu estabelecimento, e a reserva do direito de colação à universidade do Estado, direito, reconhecido não só pela atual legislação da França, como pela da Holanda, onde a organização da universidade parece ser um dos mentores modelos de tais instituições.

As dificuldades que se opõem, não à integral execução da ideia, senão à realização imediata dos benefícios que é destinada a produzir, não são de ordem puramente política; provém principalmente da disposição atual dos estudos primários e secundários, a que cumpre acudir, melhorando, para o que poderá contribuir muito poderosamente própria universidade. Parece-me fora de dúvida que o centro universitário deve ser a capital do Império, e digo propositalmente centro universitário para indicar que não penso em suprimir ou extinguir qualquer das faculdades que existem nas províncias.