O estado atual da instrução pública é, a meu ver, próspero, animador; e o governo imperial cumpre o grato dever de reconhecer e confessar que a ação dos poderes públicos tem sido ativa, constante e eficazmente secundada por importantes trabalhos de iniciativa particular. É certo que nos falta muito a fazer. Faltam-nos instituições de indeclinável necessidade, e as existentes podem ser ainda consideravelmente melhoradas; mas contando com a feliz tendência, que se manifesta no espírito público era favor de todos os assuntos que dizem respeito à educação e à instrução do povo, e com a boa vontade, zelo e inteligência de todos aqueles a quem é confiado o encargo de promover, dirigir e ministrar essa educação e essa instrução, deve-se presumir que em poucos anos o Brasil conquiste um lugar distinto entre as nações que mais se tem esmerado em aperfeiçoar este ramo do serviço público".
O mesmo ministro dá no seu relatório os seguintes dados sobre a instrução em todo o Império, comparados com os do relatório de 1869 do ministro Paulino de Sousa: "Em 1869 havia 3516 escolas públicas e particulares de ensino primário; em 1876 esse número atingiu a seis mil; em 1869 a frequência delas era de 115.935 alunos; em 1876 as escolas foram frequentadas por duzentos mil alunos. Em 1869, havia uma escola primária para 2394 habitantes livres, cujo número total pelo último recenseamento (1872) era de 8.419.612; em 1876, contava uma escola por 1280 habitantes livres. Em 1869, havia uma escola primária por 541 habitantes livres em idade escolar (6 a 15 anos), cujo número total se verificou, pelo recenceamento,