progredir a obra meritória a que se tiver dedicado. Não basta um bom sistema de ensino; a execução é tudo. Não basta estabelecer os princípios e traçar as regras: só a vigilância, o esforço, o cuidado de todos os dias podem produzir em tempo os frutos desejados. Não me parece em muitos pontos completos e satisfatórios o sistema entre nós adotado. Mesmo assim se fosse executado com boa vontade e dedicação, sem as quais não há verdadeiro magistério, muito mais teríamos conseguido. A política, porém, e outros interesses, arredam as vocações; o professorado superior não é ainda para a maior parte uma situação definitiva, mas um ponto de partida, a estação de descanso e de abrigo nos dias da adversidade política; o magistério. inferior é, salvas honrosas exceções que felizmente vão aumentando, um meio provisório de vida enquanto não aparece outro melhor. Tendo em muito a iniciativa individual, seguiria eu nesta parte a doutrina da inteira liberdade do ensino, se a observação não tivesse demonstrado que só com o tempo, aturada aplicação, preparo especial, e sobretudo gosto, se podem alcançar bons professores. Esta é uma das maiores dificuldades do problema da instrução pública, e sua solução prática tem preocupado espíritos muito eminentes das nações que mais se avantajam no cultivo da inteligência. O governo que, desejoso de promover e espalhar a instrução, conseguir formar professores aptos e dedicados, que se interessem sinceramente pelo progresso dos alunos e procurem tê-los no maior número, terá dado um grande passo, porque já conta com os principais auxiliares para a realização do seu