"água, rio," e oroari "pintado (peixe)" é que dá o nome aos Bororos Orientais. A segunda vogal o, que é claríssima nos cantos, porque é tempo forte, no falar comum não é perceptível; por isso se grafa sempre orari.

Estrofe 4.ª:

(bakoro iroia to) iroia to kau

(aturua iworeru to) iworeru to kau

(iparoro iroia to) iroia to kau

Os índios se dirigem à alma do morto dizendo: "Bakororo e Iparoro estão na pintura da erva alta do monte Aturua".

Estrofe 5.ª:

(bakororo kurigoddu-re) (ta dugo to-u aroe)

(bakororo kurigoddu-re) (xenn'au to-u aroe)

(bakororo kurigoddu-re) (tu urugu to-u aroe)

(bakororo kurigoddu-re) (t'aguiri to-u aroe)

(bakororo kurigoddu-re) (e oiuga to-u aroe)

(bakororo kurigoddu-re) (tu gaia to-u aroe)

(bakororo kurigoddu-re) (tu manno to-u aroe)

(bakororo kurigoddu-re) (tu guie to-u aroe)

(bakororo kurigoddu-re) (tu woro to-u aroe)

(bakororo kurigoddu-re) (tug'uimmo to-u aroe)

(bakororo kurigoddu-re) (tu guiga to-u aroe)

atugo "pintura da pele", au "enfeite", urugu "vermelho vivo" akiri "pena de pássaro", oiaga "rabo de pássaros", kaia "tambor", manno "feixe de talos," kuie "colares", woro "enfeite", immo "enfeite", kiga "enfeites para ornar a cabeça".

Palavras dirigidas à alma que vai morar no atugo, xenau, urugu, etc. de Bakororo.

Por esta estrofe e pelas antecedentes, pode-se deduzir que os índios creem serem os seus adornos animados pelo espírito de Bakororo e de outros antepassados.

Estrofe 6.ª:

(imi-re inn'ago kuri-re) (bakororo arove-roddo)

(imi-re inn'ago paru-re) (bakororo arove-roddo)

(imi-re toro kuri-re) (bakororo arove-roddo)

(imi-re toro paru-re) (bakororo arove-roddo)

(imi-re i voiga kuri-re) (bakororo arove-roddo)

(imi-re i togo kurire) (nakororo arove-roddo)

(imi-re i kuie kuri-re) (bakororo arove-roddo)

(imi-re i voro kuri-re) (bakororo arove-roddo)

(imi-re ik'immo kuri-re) (bakororo arove-roddo)