O Visconde de Sinimbu: sua vida e sua atuação na política nacional

Não eram sem dúvida os velhos caminhos de Rocha Pila, Pereira da Silva, Melo Morais, cheios de bandeirola e lanternim, nem mesmo os do grande Varnhagem, cheios de arcos de triunfo; os seus caminhos eram os de Capistrano de Abreu, de Vicente Licinio Cardoso e de João Ribeiro, cheios de laboleta "Pare e escale", os mesmos por onde seguiram Caio Prado Junior para chegar à "Evolução política do Brasil" e Pedro Calmon para chegar à "História da Civilização Brasileira". Com essa preparação sistemática, escreveu ele a história da fundação e desenvolvimento de Maceió, desde as origens do velho engenho de almanjarra. No correr desses estudos, examinando o processo dos grandes movimentos da história do Brasil, no que ela possuía de comum ou afetante da história de Alagoas, descobriu ele a figura do Visconde de Sinimbu que encheu grande área da vida política e administrativa do Segundo Reinado.

Tendo exercido, no Segundo Império, papel de inconfundível relevo em vários setores da política nacional, o Visconde de Sinimbu pela cultura europeia em que se educou e de que se saturou, e pela força moral que irradiava do seu caráter, teve a pouca fortuna de morrer fora de tempo. O seu valor sobrepunha-o a muitos Ministros que a boaventura política pode tornar célebres, visceralmente ligados à boa fama dos fatos queridos do povo. O seu nome, a que uma tradição familiar de grande entono cívico poderia tornar sempre lembrado do goto nativista, caiu nesse ostracismo sem processo que se vota aos homens e cousas que se subtraem às auras da multidão.

Foi o mesmo que aconteceu ao Visconde de Mauá, antes do grande livro de Alberto de Faria.

Era o que ia acontecendo até com o divino Nabuco, antes da grande obra da filha
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