Assumiu o governo o jovem 1º Vice-Presidente da Província, que restabeleceu a ordem em três tempos e pacificou os espíritos desencontrados. Em 1843 estava Ministro residente no Uruguai que lutava contra a Argentina: Rosas decretára o bloqueio de Montevidéu, e Sinimbu, que era a palavra do Brasil, protestou. Salvou a independência da República, porque o tirano suspendeu o bloqueio, submetendo-se às razões de direito invocadas pelo Ministro.
Entretanto, quanto pode a política! Enquanto em Montevidéu era Sinimbu cumulado de honras por haver salvo a independência do pai, e recebia dos outros representantes diplomáticos demonstrações calorosas de apreço por ter afastado o perigo da guerra continental, no Rio de Janeiro o Partido Conservador atacava a atitude do jovem Ministro, visando apenas o Partido Liberal a que ele pertencia, e em consequência, o governo se viu obrigado a desaprovar o ato de Sinimbu que, desgostoso, se demitiu.
Demitiu-se e calou-se.
A discussão da atitude do governo agravaria a situação da política internacional do Prata, e Sinimbu guardou silêncio durante 40 anos!
senador, só em 1880 tomou a palavra para responder às acusações dos seus adversários no caso de Montevidéu.
Do discurso que produziu nesse propósito, constam os seguintes trechos:
"Para salvar a soberania e independência oriental — disse Sinimbu, em 1880 — todos os recursos estavam esgotados: só faltava um: a palavra do Brasil, e essa palavra, Sr. Presidente, era eu quem devia proferir. Reconhecer o bloqueio era assinar o decreto de morte de uma nacionalidade, da qual o Brasil se tinha constituído garantia; deixar