a cerimônia na presença das relações mais íntimas, de um e outro lado, de casais".
"Espirituoso, benfazejo, ciumento, sensual e orgulhoso", tais os traços mais salientes do caráter do habitante do Rio de Janeiro, segundo o comandante de l'Uranie, que continua: "Nas pessoas de baixa extração e da classe média que, infelizmente em grande número, foram mal-educadas, a ignorância presunçosa, o amor à preguiça, o espírito de vingança, a cupidez e a libertinagem são os vícios dominantes. Excessivamente invejosos dos talentos dos estrangeiros, os habitantes do Rio de Janeiro, em sua maioria, aproveitam logo as ocasiões que se apresentam, para testemunhar-lhes por uma série de pirraças, seus sentimentos de antipatia". Entretanto, "nas relações de intimidade, nas quais os estrangeiros são dificilmente admitidos, mostram-se os naturais de caráter doce e sociável, muito presos à família, eminentemente caritativos e hospitaleiros".
Entregam-se os homens a excessivas libertinagens, conduzindo-se as mulheres muito melhor, talvez forçadas pela reclusão em que são mantidas, de modo que só na igreja há ocasião para que o amor se insinue.
Segundo Gaimard, casam-se os homens com 15 anos e as mulheres com treze, e acrescenta: "Estas últimas são mães muito cedo, mas perdem também prematuramente