que, se julgava, segundo as descrições exageradas de escritores filantropos, rebaixados à animalidade, instrumentos estúpidos do mais vil egoísmo e de todas as paixões vergonhosas. Ao contrário, depois de conhecermos, exatamente, as condições dos escravos na América, convencemo-nos de que também nesse caminho, manchado pelo sangue de inúmeras vítimas, se encontram os vestígios daquele gênio que conduz a humanidade ao enobrecimento".

E De La Salle: "Para um Francês que nunca saiu da Europa, a vista desses desgraçados, inda mais embrutecidos pela escravidão que pelos hábitos da vida selvagem a que foram subtraídos, tem alguma coisa de repelente; e quando se pensa que, se a natureza lhes recusou a superioridade de inteligência, desenvolvida em nós pelos benefícios da civilização, são, apesar de tudo, homens como nós, não podemos furtar-nos a um profundo sentimento de tristeza.

"Deus me livre de fazer-me aqui o eco de declamações filantrópicas, com as quais homens mais zelosos que prudentes esperam trazer bruscamente a emancipação geral dos escravos de nossas colônias."

"No Brasil esses homens, comprados no mercado como animais, são tratados do mesmo modo que o cavalo