quando se deve dançar aos pares é a dama que vem convidar o cavalheiro".
Só pelos aniversários natalicíos deixavam as famílias a vida reclusa que nos vinha dos bons tempos coloniais. Recebiam-se nesse dia visitas, votos e felicitações dos amigos. Como faz notar Oliveira Lima, "estes hábitos de segregação não excluíam os prazeres ocasionais da convivência, quando parentes, hóspedes e amigos se sentavam nas casas de tratamento e por motivo de aniversários ou de festas religiosas, dos dois lados de uma lauta mesa servida com porcelanas e cristais ingleses e carregada de viandas, vinhos e guloseimas. Costumava reinar durante e após tais banquetes, a que de ordinário só compareciam senhoras casadas, a cordialidade mais franca e por vezes mais ruidosa, a par de certa falta de apuro nas maneiras". Tudo era servido com magnificência, numa profusão de bolos, frutos, doces, etc. porque, diz Freycinet, "os brasileiros visam muito em semelhantes casos à suntuosidade". Deixavam as assembleias, como chamaram durante longo tempo a essas festas familiares, de ser consideradas aquelas reuniões que se fazem à noite para esconder o que de indecente aí se passa".
As senhoras ostentavam então um luxo excessivo de pedras preciosas. "Para dar uma ideia", diz o comandante