Visitantes do Primeiro Império

de L'Uranie, já tantas vezes citado, "basta referir a família Carneiro Leão, em verdade uma das mais ricas do país: quando todas as pessoas que a compõem estão reunidas, sobe a cerca de seis milhões o valor dos diamantes usados pelas damas".

O teatro é frequentado com pouca regularidade, devido isso principalmente à mediocridade dos atores. Havia então no Rio de Janeiro duas casas de espetáculos. O teatro de S. João, construído depois da chegada de D. João VI no Brasil, segundo o modelo do velho S. Carlos de Lisboa, e que, diz Du Petit Thouars, era em tudo semelhante aos teatros franceses de segunda ordem, vinha substituir a Casa da Ópera do dançarino Manoel Luis, e era situado em um dos ângulos da praça da Constituição. O outro, o teatrinho, não estava aberto em 1820, e nele geralmente representavam amadores.

O teatro S. João, feio e pesadão, sem nada de recomendável na arquitetura, tinha, no entanto, grande sala de plateia (grande demais para a cidade segundo Freycinet), de aspecto agradável, com seus camarotes bem cortados e convenientemente distribuídos, permitindo apreciar todo o brilho da toilette das damas.

"A sala de espetáculos é muito bonita", diz Bougainville,