Visitantes do Primeiro Império

domingos e as ladainhas já eram um espetáculo e pretexto para que as sinhás se desembiscassem. Assim, comenta o comandante da corveta La Vénus:

\"Não há cadeiras nas igrejas; as mulheres que aí vão, são seguidas por escravos que levam coxins e tapetes sobre os quais se colocam com os filhos. Elas permitem às vezes que suas escravas se sentem numa ponta dos mesmos.

\"As cerimônias religiosas celebram-se com pompa. Observam-se escrupulosamente muitas das pequenas práticas desusadas mesmo nas igrejas de França. As orações da noite se prolongam às vezes até tarde da noite. As igrejas são então iluminadas, mas nos dias de festa, o luxo das luminárias é levado a um ponto extraordinário; independentemente dos lustres e dos candelabros de uso diário, os muros das igrejas são forrados de filas paralelas de velas que vão desde a base até o cimo dos arcos que se unem aos pilares. Essa iluminação é de efeito maravilhoso\".

Em todas as ocasiões de festas ou de grandes cerimônias religiosas, ouvia-se nas igrejas excelente música, sempre misturada a vozes que, às vezes, produziam efeito agradável e harmonioso. A música executada na capela do Imperador era feita por uma orquestra de hábeis músicos, e as vozes eram simplesmente belas vozes