santuário, voltar-se para os assistentes, procurar com a vista as pessoas de suas relações, sorrir a uns, saudar a outros... Há de que fazer corar de espanto".
"Eu admirava, entretanto, a decoração dessa igrejinha, toda forrada de panos de seda bordada a ouro, e muito bem iluminada por número infinito de velas e círios, quando encantadoras vozes se fizeram ouvir: doces e claras demais para vozes de homens, tinham uma força e um tom grave que nunca se encontram em nenhuma voz de mulher. Assim pois, no Brasil como na Itália, o luxo da música leva os portugueses a usarem esses seres mutilados que a natureza desaprova, tristes e deploráveis vítimas da sensualidade e da barbaria dos homens! Há aqui, com certeza, pessoas piedosas: é para felicitar as que podem conservar o recolhimento em semelhantes festas!"
Pontos de reunião mundana, lugares preferidos para os namoricos das sinhás e o início dos adultérios das damas, eis como nos pintam essas festas litúrgicas do primeiro império, continuação do que nos viera dos tempos coloniais. Ainda aqui o específico supremo das castidades eram — na rua a mantilha que escondia o rosto; em casa a grade ou a rótula muito fechada, muito estreita, porque continuava vitorioso o mote: