Visitantes do Primeiro Império

que seus indolentes habitantes deixam acumular-se nas portas, a cidade não seria habitável. Basta uma chuvarada de duas horas para que se torne quase impossível circular a pé pelas ruas onde as numerosas goteiras que se prolongam e se cruzam sobre a cabeça dos passantes, apenas lhes deixam a escolha das duchas.\"

Não era muito amável o barão!

Há um só palácio, muito mesquinho, e nenhum outro edifício público, senão igrejas, numerosas, cobertas de riquezas e dourados no interior, e a capela imperial, \"de muito mau gosto\", digna de nota.

As construções, por longo tempo, ainda se conservam como as descreve Freycinet. \"Ordinariamente as casas da capital são de um só andar; há poucas de dois e um número menor de três. Em geral todas as casas são feitas sobre este princípio, de terem sempre um grande salão sobre a rua, e o resto do apartamento distribuído em alcovas e corredores. Deve-se atribuir tal vício de construção a duas causas: a primeira são os costumes e hábitos dos cidadãos que, passando a maior parte da vida a dormir, a passear, a olhar pela janela e, às vezes, a receber seus amigos, só precisam do salão e da alcova; a segunda provém da carestia dos terrenos no interior da cidade: a elevação de seu valor leva os compradores a construírem muitos alojamentos no menor

[link=18229]Ilustração - A igreja de N. S. da Glória[link]
[link=18230]Ilustração - Rio de Janeiro, visto do aqueduto de Santa Tereza[link]