drogas; é aí que no tapuyo ignaro e semisselvagem produz e consome, na obscuridade, na solidão dos bosques, longe dos povoados, os objetos que figuram nas estatísticas do Pará. As miseráveis choupanas, as desertas aldeias e as vilas do Amazonas fazem com a cidade do Pará esse importante comércio de 15.000 contos, que assignam aquele porto o quinto lugar na escala da exportação do Brasil, o quarto ou o quinto na da sua importação.
E, cousa notável! Se algumas povoações estão decadentes ou estacionárias, o comércio progride. Porquanto, assim como a população, em busca das drogas e no preparo dos produtos da pesca, vive errante e movediça, assim o comércio se dissemina por uma superfície imensa. Por exemplo, enquanto o Rio Negro, outrora mais povoado, é hoje quase deserto, o Madeira, que o era há 13 anos quando por aí desceu Gibbon, conta hoje muitos sítios e feitorias; o Purús começa a atrair trabalhadores e regatões, e como ele o Coary, o Tefé, o Yuruá, etc.
O porto do Pará cresce constantemente na escala do nosso comércio. Dantes era o do Maranhão que remetia por cabotagem ao Pará grande quantidade de mercadorias estrangeiras despachadas naquela alfândega. Hoje é o Pará que pelo contrário já supre por cabotagem ao Maranhão e ao Ceará algumas dessas mercadorias superabundantes no seu mercado. Assim, a