CAPÍTULO PRIMEIRO



CONSIDERAÇÕES SOBRE A LIVRE NAVEGAÇÃO DO AMAZONAS

Há esta hora porventura o estampido dos canhões brasileiros em Humaitá anuncia ao mundo, que um governo bárbaro cai diante de nós, que a bandeira auriverde, tremulando entre os pendões dos nossos bravos aliados, leva as legendas do progresso pacífico às aldeias claustrais do Paraguai, como já as levou às Províncias Unidas do Rio da Prata. Um depois do outro, Lopez depois de Rosa, é sacrificado à liberdade dos povos. Os nossos antepassados, arautos da tradição liberal que iniciaram na América do Sul, estremeceriam de júbilo pelo uso generoso que fazemos do nosso poder.

Não estarão todos de acordo quanto a história de nossas relações com a república guarani; haverá quem ainda se irrite profundamente perpassando as lembranças dos humilhantes incidentes dessas relações desde 1850; haverá quem não perdoe nem a imprevidência,