pouco tempo. Recordo-me de haver encontrado no porto de Coary, acima de Manaus e a 1.116 milhas do Pará, o barco Vingador, que em uma de suas últimas viagens subira do Pará a Manaus em 12 dias (862 milhas). O mesmo barco viera até Coary com 40 dias de navegação efetiva. É do porte de 6.000 arrobas, e foi construído no rio Trombetas perto de Obidos. Um barco ligeiro, melhor fabricado, é certo que vencerá mais depressa as distâncias do rio.
O vapor é um verdadeiro meio de locomoção no Amazonas ou ao menos no Alto Amazonas, onde faltam as marés diárias e o auxílio das brisas do oceano.
O Amazonas é atualmente percorrido por vapores desde a foz de Yurimaguas (sobre o Huallaga) no Peru, a saber: 2.430 milhas. Era esta a extensão percorrida outrora pelos barcos brasileiros da Companhia de Navegação e comércio, cujos paquetes foram os primeiros a penetrar no Solimões e no Marañon (Amazonas peruano). Hoje os barcos dessa companhia param em Tabatinga, e o resto do serviço até Yurimaguas, que eles dantes faziam, é desempenhado por vapores do próprio governo do Peru.
O Amazonas, porém, é navegável a vapor acima da foz do Huallaga até o Pongo de Manseriche, na estação das águas; assim, o rio principal (Amazonas, Solimões, Marañon,