O Vale do Amazonas

Um garrafão de uma frasqueira de cachaça, a que se dará o valor de 4$000, paga deste porto ao de Manaus o frete de 1$200; 1$320 de Manaus a Tabatinga, isto é, 30% no primeiro caso e 33% no segundo. De Tabatinga a Yurimaguas o frete é de 3$375, ou 84%.

Uma arroba de açúcar, que custa 5$000, paga 300 réis até Manaus e 270 réis até Tabatinga. De Tabatinga a Yurimaguas o frete é de 792 réis!

Uma arroba de arroz pilado na 1ª linha paga 300 réis e 330 réis na 2ª, sendo o seu valor 2$500; de Tabatinga a Yurimaguas o frete é 371 réis".

VI — A Companhia do Amazonas é acusada de não servir a portos, que aliás têm direito a navegação a vapor.

No Baixo Amazonas, deviam os paquetes tocar no de Monte Alegre, à cuja vista passam, e que é um dos lugares de mais futuro da província do Pará. No Alto Amazonas, deixam de subir a Maués, vila florescente, centro de um interessante distrito agrícola: para aí chegarem, entrando pelo Paraná-mirim, por onde acaba de navegar a Ibicuhy e onde há 12 palmos de água em qualquer estação, os paquetes não retardariam sua viagem mais que 5 horas. A companhia deveria fazer tais serviços espontaneamente, sem que os exija a administração, e sem o acréscimo de novas subvenções por isso. É, com efeito, estranhável que, para tocarem os paquetes no Porto de Moz, pouco acima da foz do Xingú, fosse