Ainda mais: se o receio de grande retrocesso no desenvolvimento comercial do Amazonas não me parece fundado, cumpre contudo acautelar-nos e promover quantos meios forem úteis para equilibrar a cessação dos lucros atuais e modificar os resultados de uma situação estacionária por alguns anos, enquanto se não operar a transformação do trabalho e dos hábitos econômicos do povo. Com efeito, esse estado estacionário não é improvável, e tanto basta para que seja aflitiva a condição do Amazonas. Ora, além dos indicados, um desses meios é contribuir para o alargamento das transações no centro mais povoado, a cidade do Pará, atraindo para aí o comércio do mundo com as repúblicas ribeirinhas. No aumento do comércio desses Estados, por meio da livre navegação, há para as nossas povoações do Amazonas dous lucros simultâneos: ganham com o simples trânsito o lucro que deixa mesmo o navio que apenas passa, e o lucro maior auferido da concentração em seus portos, e mormente no grande mercado de Belém, das transações com os territórios vizinhos. Mas, além dessa vantagem obtida como intermediário quase obrigado, há para o Pará e para toda aquela região outro ganho em perspectiva: a da introdução de braços