por esse censo renovado anualmente não escapará ao ilustre Sr. ministro das obras públicas. O resultado obtido ali é o mais satisfatório possível. Por ele se atinge ao seguinte dado precioso: — fica-se conhecendo, graças a essas listas nominais, o minimum dos habitantes de uma província inteira. Já isto é alguma cousa. Trabalhos ulteriores, com outros recursos e outro sistema, determinarão um dia a soma completa, assim como as classificações da fortuna, dos bens, dos valores, das indústrias, etc.
— Entretanto, nem podemos ainda saber qual seja a população arrolada do Brasil! Nem ao menos a população arrolada das cidades e povoações! Nem a das capitais de província! Nem a da capital do Império! Isto, pura e simplesmente, é vergonhoso: não tem, nem se lhe pode dar outro nome. É vergonhoso, com efeito, que a nossa bureaucracia ainda não cuidasse disso. Felizmente, nem o exemplo do Amazonas será esquecido, nem faltam esperanças de ver-se em breve alguma cousa já feita. Já o muito ilustrado estadista que há pouco exercia com a sua habitual superioridade, o cargo do ministro da justiça, o Sr. Nabuco, acaba de organizar de um modo eficaz o serviço da estatística judiciária completa, ramo precioso do censo. É de esperar que as outras administrações não tardem em imitar um exemplo tão digno de elogio. Estou convencido de que este assunto