O Vale do Amazonas

Nele e no da Bolívia, o Madeira;

Nele e no do Peru, o Purús, o Yuruá, o Yavary; E no do Peru, o Ucayali e o Huallaga.

São rios consideráveis, são grandes vias de comunicação internacional ou interprovincial, a respeito dos quais pareceu-me útil agrupar aqui alguns esclarecimentos.

I
Tapajós

Começarei pelo Tapajós.

É nas margens do Tapajós que se encontra a interessante cidade de Santarém, que já entreteve comércio regular com Mato Grosso. Ela ocupa uma posição admirável no fundo do que se pode chamar um pequeno mar, pois que aí as águas do Amazonas, com as daquele grande tributário, estendem-se por uma circunferência de muitas léguas. Ainda hoje canoas do Diamantino, povoação de Mato Grosso, a trinta léguas ao norte de Cuiabá, descem até aí para carregarem o excelente guaraná fabricado pelos índios Maués e outros, que se vende em Cuiabá, onde é tão apreciado. Antes de criar-se linha de vapores do Paraguai, os cuiabanos vinham regularmente a Santarém prover-se de sal, ferramenta, ferro, vinhos, etc. Há pouco, dous meses antes de minha pasagem em Santarém (17 de outubro de 1865),