O Vale do Amazonas

confluente do segundo, que é o principal. É o Mamoré que, depois de receber o Beni, toma o nome de Madeira.

Do Beni, que é o braço ocidental, pouco se sabe. Algumas das suas secções são navegadas por balsas. Tem muitas cachoeiras, rochas e áspera corrente. Acredita-se que não é navegável por vapores (Gibbon, p. 108). Suas margens têm muito raras povoações, e vagam por elas índios selvagens.

O Mamoré e o Guaporé, porém, são já conhecidos, e há muito tempo frequentados por comerciantes Brasileiros e bolivianos.

O primeiro, recebendo diversos confluentes, começa a ser navegado de um ponto muito próximo da interessante cidade de Cochabamba, colocada no centro da Bolívia. Com efeito, sobre o Chaparé, braço esquerdo do mesmo Mamoré, acha-se Vinchuta, povoação que marca o começo da navegação fluvial, e fica 30 léguas ao sul de Trinidad, que é a capital do departamento do Beni, limítrofe da nossa província do Alto Amazonas. Vinchuta fica a 40 léguas, pouco mais ou menos, de Cochabamba, situada a sudoeste, e de Santa Cruz de la Sierra, colocada a sudeste. Por isso Vinchuta será o empório do comércio da Bolívia com o Amazonas. Entretanto, ainda hoje, as mercadorias estrangeiras vêm a Vinchuta e às cidades mencionadas por via do Pacífico e da Cordilheira, em vez de subirem pelo Madeira. Do