O Vale do Amazonas

terreno; com o que se importa muito e muito é com a necessidade de ter portos para o seu comércio."

A 12 de junho de 1865 o mesmo ilustre senador voltou ao assunto proferindo um notável discurso, de que citarei os seguintes períodos:

"Para mim é fora de dúvida que o Chaco não ficará inteiro pertencendo ao Paraguai; embora este o deseje, não tem título algum procedente.

A Confederação Argentina também o quererá, mas não lhe reconheço igualmente título algum para isso, ao menos além do rio Pilcomayo, ou daí para o norte.

A Bolívia de muito tempo reclama parte desse território, e eu creio que é o Estado que apresenta mais fundadas pretenções.

Pois bem: do forte Olimpo até a Lagoa Negra, vizinha do forte de Coimbra, há na margem direita do Paraguai um grande território; dê-se à Bolívia ou todo ou parte desse território.

Ficando este próximo à sua província de Otuguis, ou antes sendo uma continuação dela, seria isso um justo meio de proporcionar-lhe a navegação comum pela Bahia Negra e sobre tudo pelo rio Paraguai, com grande vantagem de todas as nações ribeirinhas e marítimas.

Aí abrirá a Bolívia os seus portos, pois que nem um tem; e, em compensação dessa vantagem,