Estudos Históricos e Políticos

censura, convém não olvidá-la: mais tarde ressurgiria entre os esforços tentados por certa camarilha, infensa a Osório, para o separar de seu velho amigo Caxias.

Tantos foram os empenhos do diplomata e do brigadeiro, que o governo julgou prudente ceder e removeu o oficial superior, culpado de ter renome e auréola. Mandou-o, sozinho, a comandar a fronteira de São Borja, com a missão de observar Corrientes e o Paraguai.

Deu a este novo encargo o melhor desempenho, desde 1857, informando para o Rio a intensidade do labor paraguaio no fortalecimento de Humaitá, além de esclarecer as relações recíprocas entre essa república, a província de Corrientes e o Brasil.

Ainda dispondo de tempo, estudou vários problemas de alto interesse, como fossem o deslinde do problema da fronteira fluvial do Peperiguaçu Santo Antônio, o descobrimento dos desconhecidos ervais nativos de que a fama corria na antiga comarca de São Borja, a criação de escolas primárias, e outros.

Crescendo em prestígio, não o poupavam seus adversários políticos. De todas as queixas e acusações triunfou, com o mero divulgar, simples e desapaixonado, da exposição documentada de seus atos. Reconheceu-o o governo central, graduando-o em brigadeiro. Mais ainda, tanto repercutiu no ânimo de d. Pedro II o achado do erval entre os rios Cebolati e Pindaí, que, querendo honrar a Osório após os combates de Passo da Pátria, se lembrou de virtudes do herói, fora do âmbito militar, e lhe escolheu, para o baronato com grandeza então conferido, o título de Herval, que lhe rememorava as benemerências do comando da fronteira de São Borja.

De dia para dia, avultava o problema da vigilância do linde, com as eternas agitações entre blancos e colorados, no Uruguai, e entre as facções argentinas e provinciais.

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