Estudos Históricos e Políticos

desde a separação de Buenos Aires da Confederação. Na redistribuição da força militar de 1856, foi ordenada a ida para São Borja do 2º regimento, o regimento de Osório, voltando ao comando de seu antigo chefe.

Cada vez mais impunha-se à admiração do país o nome de Osório. Deram-lhe o comando da 1ª brigada de cavalaria do Corpo de Exército de Observação.

DISCIPLINA DE OSÓRIO

Angelo Muniz da Silva Ferraz, o futuro barão de Uruguaiana, presidia a provínia do Rio Grande do Sul, e era largamente combatido por elementos que Osório havia protegido. Com o intuito de fortalecer Ferraz, o tenente-general barão de Porto Alegre fez escrever e circular entre oficiais uma Declaração de apoio ao presidente. Osório negou sua assinatura, dizendo, com evidente razão, que se um militar podia aprovar feitos de seus superiores, também teria o direito de os censurar ou de se lhes opor; daí viriam a indisciplina e a morte do Exército.

Foi motivo bastante para esfriarem as relações com o presidente da provincia, durando algum tempo o desacordo entre eles.

Uma das primeiras consequências foi a retirada, não pedida, de Osório do Rio Grande, a pretexto de inspecionar a cavalaria do Norte. Rio e Pernambuco. Tão patente o partidarismo inspirador da medida, que, ao chegar à Corte em obediência à ordem superior, do próprio imperador ouviu louvor por não ter subscrito o protesto militar, e promessa de limitar a inspeção ao 1º regimento, podendo logo voltar para o Sul. Além disso, obteve, sem a solicitar, a efetivação de seu posto de brigadeiro.

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