Assim voltou a Jaguarão, com todas as provas públicas de merecido prestígio.
A 2 de março de 1861, Caxias organizava o ministério e entregava a Osório a fronteira de Jaguarão; no ânimo do marechal só pesava a consideração profissional do valor do nomeado; conhecia-o, sabia de sua lealdade de soldado, e pouco se lhe dava fosse ele liberto ou conservador.
Avizinhavam-se dias de luto. Em 1863, os colorados uruguaios, em desespero de causa, haviam-se insurgido contra o governo blanco. As perseguições contra os estancieiros rio-grandenses, estabelecidos nos dous lados da linha divisória, ainda tinham recrudescido, a ponto de incumbirem ao general Antonio Netto, em 1864, de ir à Corte solicitar providências repressivas de tal escândalo, em nome de 40 mil brasileiros perseguidos pelos ódios e vinganças dos adversários do Império naquela república.
O mais grave era que, nas dobras dessa missão, ia velada a ameaça de que as vítimas, se se tivessem de vingar pelas próprias mãos, talvez renovassem a guerra civil dos farrapos.
GUERRA COM O URUGUAI
Tais fatos impunham ao governo enviar um emissário ao Sul. Essa, a gênese da missão Saraiva a Montevidéu. Nessas condições, melindrosíssima era a tarefa que se desdobrava para o Corpo do Exército de Observação. Do Chuí ao Quaraim era de guerra o ambiente, quer da tropa, quer das populações civis prestes a pegarem em armas.