negociações de paz, e esta se assinou finalmente a 20 do mesmo ano, em Vila da União. O general Venancio Flores, então, ocupou a presidência, e logo se solveram amistosamente todas as questões pendentes com o Brasil.
GUERRA COM O PARAGUAI. FASE INICIAL
Abria-se agora perspectiva mais grave e sombria: o Paraguai movera hostilidades contra nós. Não era esse o intuito inicial de Lopez, cujo alvo final seria alargar seus domínios próprios, anexando Corrientes, Entre Rios, Uruguai, de modo a constituir um Estado Atlântico, do qual se faria coroar imperador. Mas os acontecimentos fizeram derivar a meta, e, a pretexto de invasão do Uruguai, declarar a guerra ao Império.
A princípio, contava o ditador com os blancos uruguaianos e conivências certas em Corrientes e Entre Rios, talvez com o auxílio de d. Justo José de Urquiza.
Desde logo, foi vítima dos imprevistos que surgem sempre, mesmo nos mais cuidadosamente elaborados planos, políticos ou militares.
Perdera o Uruguai, com o triunfo dos colorados de Flores. Querendo invadir o Rio Grande do Sul para bater as forças imperiais, solicitou da Argentina licença para que o Exército paraguaio atravessasse Corrientes. Mitre, presidente da República, além de amigo de Flores, nenhuma confiança tinha em Lopez. Quando mesmo não alimentasse no Império e seus pro-homens a fé que sempre neles manifestou, seu dever de neutro impunha a recusa. Quanto mais, iniciando-se a campanha de Corrientes, ato claro de guerra, logo que o ditador verificou que lhe havia sido negada a permissão, em 9 de fevereiro de 1863.