Estudos Históricos e Políticos

O próprio Lopez, portanto, atirava a Argentina nos braços da Dúplice Aliança, Brasil-Uruguai. Deste modo, Urquiza nada podia valer-lhe sem passar por traidor. Assim se tornou fatal assinar-se o Tratado de 1º de Maio de 1865, constituindo a Tríplice Aliança, que levou a guerra ao Paraguai.

Ao régulo desse país, restava apenas sua superioridade inicial de forças. Aí, mesmo, veio favorecer aos Aliados a estratégia infeliz do adversário comum. Desperdiçou energias e consumiu tropas em expedições mal-orientadas e malcomandadas.

Mato Grosso invadido, não passava de objetivo geográfico. O fracionamento das colunas invasoras, de Corrientes até Uruguaiana, facilitou aniquilá-las em detalhe. Afirmam, com fundamento, que ao se recolher batido à fronteira paraguaia, estava praticamente destruído o primeiro Exército ditatorial.

Ao contrário, o comando interino de Osório, dentro em breve tornado efetivo, restabeleceu disciplina, ordem e eficiência nas forças da campanha do Uruguai. Suas conferências, em Buenos Aires, com Tamandaré, Flores, Mitre e nosso ministro Francisco Octaviano, fixaram o plano das operações. Humaitá teria de ser vencida, sendo o rio Paraná o caminho de acesso do ataque; para desviar a atenção do inimigo, se simulariam reconhecimentos e marchas de tropas para Leste, como se a travessia do caudal se fosse fazer na região de Candelária ou Itapua, e também para Oeste, em São Cosme; Concórdia figuraria como ponto de concentração das forças e início das operações conjuntas.

Vital, portanto, era o domínio do rio Paraná. À esquadra caberia mantê-lo. Esse foi, pois, o fato capital da fase primeira: o combate de Riachuelo, a 11 de junho de 1865, em que Barroso bateu o comandante Meza e

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